Campeonato de Sub-16 Femininos
Com uma excelente organização da A.B. Castelo Branco, foi em Idanha a Nova que Ovarense, Coimbrões, CAB e Simecq foram bem recebidos e disputaram o titulo nacional de Cadetes Femininos (Sub-16). Ganhou a equipa de Ovar, conjunto que mostrou muita consistência nos três jogos realizados
Desde logo se percebeu que a fase final seria muito equilibrada, onde três das quatro equipas – Ovarense, Coimbrões e CAB – legitimamente lutariam por um titulo que iria fugir a duas delas por escassas e mínimas diferenças nos confortos directos. Com três encontros serem resolvidos apenas no prolongamento, e a terminar com diferenças abaixo dos 4 pontos, até houve jogos a terminarem com um triplo na buzina...
Assim, a SIMECQ, apresentando um grupo jovem e curto, tecnicamente interessante mas de ritmos baixos e demasiado suave na defesa, desde cedo deu a entender que iria ter muitas dificuldades para enfrentar os seus adversários. Ao longo dos seus três jogos somou outras tantas derrotas e nunca conseguiu ser um temível rival.
O CAB, terceiro classificado, apareceu nesta fase da competição com um grupo alegre, a jogar um basquete agradável e com uma percentagem de lançamento muito acima da média nacional – principalmente de 3 pontos –, o argumento mais forte da equipa insular. Com 7 atletas a jogar a um nível muito semelhante, era impressionante como com uma boa circulação de bola sistematicamente as suas atletas apareciam a lançar em posição confortável e com uma performance invejável.
O Coimbrões comprometeu muito as suas aspirações ao realizar uma primeira parte desastrada no primeiro dia pois, jogando com uma Ovarense muito estável, deixou o marcador fugir até aos 10 pontos. Com uma reacção positiva na segunda metade, foi a vez da Ovarense não se deixar impressionar e nos momentos finais assegurou uma vitoria de 4 pontos, que se revelaria decisiva no desfecho das contas.
Apesar de apresentar um grupo evoluído, o pouco contributo do banco explicava algumas das dificuldades físicas que esta equipa apresentou ao longo da prova. Mesmo com uma vitoria sobre o CAB, no segundo dia, e após prolongamento, com um triplo no último segundo, o Coimbrões perdia a esperança de chegar ao primeiro lugar pois o seu coeficiente jamais seria o pretendido.
A Ovarense conseguiu ser a equipa mais sólida, com uma maior rotação e profundidade das suas atletas. A equipa mostrou muita consistência nos três jogos realizados, conseguindo logo no primeiro dia deixar transparecer menos nervosismo e mais confiança.
Essa postura foi decisiva para bater o Coimbrões e perder por apenas um ponto com o CAB, após prolongamento. Num jogo que em esteve quase sempre com uma desvantagem superior em relação à que podia aguentar, face aos resultados anteriores, foi com uma atitude muito forte no ressalto, nomeadamente ofensivo, que as vareiras conseguiram reagir, recuperando mais de dez pontos e levando o jogo ao final dos 40 minutos para o prolongamento. Uma vez mais, no tempo extra o CAB esteve a ganhar por mais de 4, resultado que poderia servir as aspirações madeirenses, mas a Ovarense reagiu positivamente e mostrou estar a altura de conquistar um titulo nacional que lhes custou muito suor e entusiasmo!
Fonte: Ricardo Vasconcelos
Autor: Carlos Seixas
1 comentário:
Um texto muito bem escrito. Apesar de não ter estado lá, fiquei com uma ideia, dada com grande clareza, dos jogos da Final4. Um abraço. Orlando Silva
Enviar um comentário